Um dos maiores imperativos dos últimos tempos, em conversas sobre administração (o que quer que seja), é "tenha foco".
Pessoas "desfocadas" - não confundir com o personagem de Woody Allen - geralmente atiram em todas as direções e não acertam em quase nada.
Ter "foco" significa, além de persistir, ter um objetivo claro em mente e não ceder às distrações de cada momento.
No mundo do Twitter, isso parece quase uma impossibilidade filosófica - mas existe uma saída. Por incrível que pareça, chama-se meditação.
Meditar não é levitar, andar sobre as águas ou tentar mover uma montanha com a força do pensamento. Também não é uma religião.
É, na falta de melhores palavras, a prática da concentração.
Quem medita, não fica num esforço inútil olhando para o nada e, milagrosamente, chegando a grandes conclusões. Simplesmente aprende a se concentrar num objetivo; ou - no modo mais avançando - a se concentrar na própria concentração.
E o exercício diário da meditação traz benefícios para outras situações de "não-meditação".
No trabalho, por exemplo. Quando é preciso mudar de uma tarefa para outra, e entrar rápido num outro assunto, concentrar-se nele, resolver o problema e passar à próxima atividade.
No trânsito. Quando alguém te xinga e você, respirando fundo, evita bater seu carro, perseguir o agressor ou, até mesmo, xingá-lo de volta.
Nos relacionamentos. Quando você consegue olhar a situação "de fora". E tomar uma decisão mais objetiva, mais ancorada na realidade - menos pessoal, menos baseada em suposições...
Claro, a meditação também serve para valorizar a vida, para aproveitar, melhor, cada segundo e para exercitar a compaixão.
Mas nem todo mundo quer virar o Dalai Lama. Para quem não quer - ou não pode - virar monge, a editora Globo lançou A Arte de Meditar.
Não é autoajuda e não é filosofia barata. É um guia prático, e rápido, para quem quer se exercitar - digamos assim - na própria concentração.
Quem escreveu foi Matthieu Ricard, o embaixador do budismo na França, mas não se trata de um guru com mensagens vazias ou abstrusas. A Arte de Meditar foi escrito para pessoas como nós.
Afinal, o Twitter pode nos salvar - e nos matar também...
Fonte : http://www.digestivocultural.com/
Imagem : http://hugolapa.files.wordpress.com
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