quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Ordens da Ajuda
Muitos terapeutas pensam que precisam ajudar aqueles que procuram ajuda, como os pais ajudam seus filhos pequenos. Inversamente, muitos que procuram ajuda esperam que os ajudantes se dediquem a eles como pais em relação a seus filhos e esperam receber deles, mais tarde, o que ainda esperam ou exigem de seus próprios pais.
O que acontece se os ajudantes correspondem a essas expectativas? – Eles se envolvem numa longa relação. Para onde leva essa relação? – Os ajudantes ficam na mesma situação dos pais, lugar onde se colocaram através desse querer ajudar. Passo a passo, precisam colocar limites aos que procuram ajuda, decepcionando-os. Então, estes desenvolvem frequentemente, em relação aos ajudantes, os mesmos sentimentos que tinham antes em relação aos pais. Dessa maneira, os ajudantes que se colocaram no lugar dos pais e talvez até queiram ser melhores que os pais tornam-se para os clientes iguais aos pais deles.
Muitos ajudantes permanecem presos na transferência e na contratransferência da criança em relação aos pais dificultando, assim, ao cliente a despedida tanto de seus pais quanto deles.
Ao mesmo tempo, a relação segundo o modelo da transferência entre pais e filhos impede também o desenvolvimento pessoal e amadurecimento do ajudante.
• Bert Hellinger – Ordens da Ajuda – Editora Atman
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