Criador da Constelação Familiar- Berth Hellinger
A "Não-Ação" do Terapeuta -
Um critério importante para o respeito é não querer curar nem salvar, atitude na qual encontramos grandes modelos. Mas é um bem comum da humanidade o compreender que a pessoa pode atuar através de
Um critério importante para o respeito é não querer curar nem salvar, atitude na qual encontramos grandes modelos. Mas é um bem comum da humanidade o compreender que a pessoa pode atuar através de
sua mera presença, uma presença ativa, sem intervir. Trata-se de uma força concentrada que atua através da não ação, uma atitude que não tem nada a ver com o retirar-se. A abstenção não aporta nada. No “Tao Te King”, de Lao Tse, essa atitude está muito bem descrita.
Há uma observação curiosa nas terapias: se ao terapeuta ocorre o que poderia ajudar e ele se abstém de dizer, a idéia ocorrerá ao paciente. Às vezes é mais fácil encontrar uma solução se o terapeuta renuncia a ela. Tampouco está em suas mãos influir no que os pacientes fazem com o que ele diz. A qualidade que distingue uma boa terapia é a ausência de intenções e de fins por parte do terapeuta, isto significa que eu, até certo grau, renuncio a exercer uma influencia.
INTUIÇÃO, AMOR E RESPEITO
Distingo, rigorosamente, a percepção da observação. A observação conduz a conhecimentos parciais unidos a uma perda da visão global. Se observo o comportamento de uma pessoa, vejo tão só detalhes e a pessoa me escapa. Se, ao contrario, me exponho à percepção, se me escapam os detalhes, imediatamente capto o essencial, o núcleo; tudo a serviço do outro.
A percepção de outra pessoa unicamente é possível se me abro a ela desinteressadamente e disponho a relacionar-me. Desta maneira se desenvolve um laço muito íntimo, acompanhado, apesar de tudo, do mais alto respeito e de uma certa distância. A condição prévia é que a pessoa seja apreciada como especial e que não se estabeleça nenhuma norma a que tenha que subordinar-se. Aqui não se trata de correto ou falso, mas sim de encontrar ajuda e soluções. Em minha imaginação tenho a liberdade de julgar, mas enquanto percebo o outro levando em conta seus interesses, esta liberdade deixa de existir.
A percepção, portanto, unicamente pode ser afetiva se se refere à soluções. No que concerne aos diagnósticos, fracassa imediatamente, a não ser que os diagnósticos estejam inteiramente a serviço da solução. Toda intervenção que não se una às forças de desenvolvimento, por exemplo, fazendo suposições ou menosprezando a outros, tem um efeito contraproducente.
O curioso é que uma pessoa a quem comunico o percebido se transforma ante meus olhos. A percepção, portanto, é um processo criativo com um certo efeito. Tudo isso abriga mistérios que não compreendo, mas que podem ver e serem aproveitados.
Para a percepção o essencial é a realização de um ato e não a verdade. Sempre se trata de saber “o que faço agora?” “o que é possível?”. Isto é o que como terapeuta faço para o outro, ou seja, enquanto ele me relata algo, eu me pergunto “O que é adequado agora?”. Dessa maneira estou em contato com algo maior: não pretendo ajudar, senão que vejo todo o contexto de uma ordem.
Assim, é a intuição que atua, cheia de amor e respeito.
Há uma observação curiosa nas terapias: se ao terapeuta ocorre o que poderia ajudar e ele se abstém de dizer, a idéia ocorrerá ao paciente. Às vezes é mais fácil encontrar uma solução se o terapeuta renuncia a ela. Tampouco está em suas mãos influir no que os pacientes fazem com o que ele diz. A qualidade que distingue uma boa terapia é a ausência de intenções e de fins por parte do terapeuta, isto significa que eu, até certo grau, renuncio a exercer uma influencia.
INTUIÇÃO, AMOR E RESPEITO
Distingo, rigorosamente, a percepção da observação. A observação conduz a conhecimentos parciais unidos a uma perda da visão global. Se observo o comportamento de uma pessoa, vejo tão só detalhes e a pessoa me escapa. Se, ao contrario, me exponho à percepção, se me escapam os detalhes, imediatamente capto o essencial, o núcleo; tudo a serviço do outro.
A percepção de outra pessoa unicamente é possível se me abro a ela desinteressadamente e disponho a relacionar-me. Desta maneira se desenvolve um laço muito íntimo, acompanhado, apesar de tudo, do mais alto respeito e de uma certa distância. A condição prévia é que a pessoa seja apreciada como especial e que não se estabeleça nenhuma norma a que tenha que subordinar-se. Aqui não se trata de correto ou falso, mas sim de encontrar ajuda e soluções. Em minha imaginação tenho a liberdade de julgar, mas enquanto percebo o outro levando em conta seus interesses, esta liberdade deixa de existir.
A percepção, portanto, unicamente pode ser afetiva se se refere à soluções. No que concerne aos diagnósticos, fracassa imediatamente, a não ser que os diagnósticos estejam inteiramente a serviço da solução. Toda intervenção que não se una às forças de desenvolvimento, por exemplo, fazendo suposições ou menosprezando a outros, tem um efeito contraproducente.
O curioso é que uma pessoa a quem comunico o percebido se transforma ante meus olhos. A percepção, portanto, é um processo criativo com um certo efeito. Tudo isso abriga mistérios que não compreendo, mas que podem ver e serem aproveitados.
Para a percepção o essencial é a realização de um ato e não a verdade. Sempre se trata de saber “o que faço agora?” “o que é possível?”. Isto é o que como terapeuta faço para o outro, ou seja, enquanto ele me relata algo, eu me pergunto “O que é adequado agora?”. Dessa maneira estou em contato com algo maior: não pretendo ajudar, senão que vejo todo o contexto de uma ordem.
Assim, é a intuição que atua, cheia de amor e respeito.
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