sábado, 12 de setembro de 2015

Constelação Familiar Considerada uma terapia familiar contemporânea, a técnica de Constelação familiar foi criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão), nos anos 70, chegando ao Brasil em 1999 trazida pelo seu próprio criador. Nela, criamos “esculturas vivas” reconstruindo a árvore genealógica da pessoa, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família. Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamentos são resultados de confusões nos sistemas familiares. Estas confusões ocorrem quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que já viveu no passado, de nossa própria família sem estarmos conscientes disto e sem querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles. Para identificarmos esta dinâmica, precisamos montar a Constelação que acontece num grupo, onde os representantes deste grupo vão ocupar o lugar dos familiares da pessoa a ser Constelada da Constelação Familiar. E ficamos impressionados quando percebemos que os representantes sentem, falam e apresentam sintomas iguais aos membros da família daquela pessoa, embora não o conheçam e sem nenhuma informação prévia. Para este fenômeno não temos ainda uma explicação científica, por isso, o Bert Hellinger prefere chamar a técnica de Fenomenológica. Uma teoria bem aceita e oportuna é a de Ruppert Sheldrake dos “Campos Morfogenéticos”, onde ele enfatiza que o que acontece naquele campo interfere e altera o campo familiar “trabalhado”. Este campo ultrapassa espaço e tempo, portanto vai além desta dimensão tridimensional. Quando trabalhamos nesta dimensão percebemos além do que é visível, vamos além dos sentimentos menores que a relação familiar pode conhecer no limite das relações pessoais. Vamos para um universo mágico e infinito , onde as almas familiares se encontram, testemunhando um amor inigualável, um fluxo amoroso que faz desbloquear sintomas e dificuldades. Ali, diante de nós aparece uma realidade que não estávamos vendo nem percebendo; e sentimos uma nova possibilidade de vida, pela união entre as almas, pelo amor que une. Na Constelação familiar podem-se trabalhar problemas de saúde (sintomas físicos), perdas e/ou luto, comportamentos destrutivos, relações com trabalho, dinheiro, dificuldades de relacionamentos (todos os relacionamentos), dependências (todas); enfim, qualquer situação que a pessoa perceba como um limite de vida. Depois de definida a questão a ser trabalhada, é função do terapeuta perceber a dinâmica daquela família (o que está escondido e precisa ser revelado) e ordenar (por em ordem) àquele sistema. As ordens na Constelação são leis ou, princípios básicos pré-estabelecidos, isto é, não sancionados por alguma instância humana, que devem presidir nossos comportamentos, e o desconhecimento ou desrespeito destas ordens podem ocasionar conseqüências graves. Na maioria das vezes , o processo de Constelação conduz a uma nova ordenação do sistema , que indica o lugar mais libertador de cada membro familiar. Uma vez os membros familiares ordenados (respeitados) a reconciliação se manifesta no nível de “almas’, de essência, o que faz surgir na pessoa que foi trabalhada um profundo sentido de respeito, sem julgamento entre bom e mau, onde vítimas e perpetradores se encontram num resgate profundo. Para ajudar na reconciliação utilizamos três rituais que são os mais importantes na Constelação. São eles: “fileira dos Ancestrais”, “reverência” e “deitar-se diante dos mortos”. Estes rituais desempenham um papel importante, pois neles experimentamos funções anímicas que são transmitidas aos membros da família.

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